Viajar com animais de estimação se tornou uma prática cada vez mais comum, especialmente entre tutores que os consideram parte da família.
Com isso, cresce a busca por informações claras sobre como garantir que esses companheiros embarquem com conforto e segurança, em voos nacionais e internacionais.
Entre os diversos perfis de cães que acompanham seus tutores nas viagens, os adotados merecem atenção especial.
Por virem de abrigos ou lares temporários, esses animais podem ter particularidades documentais e comportamentais que influenciam diretamente nos critérios das companhias aéreas e nos procedimentos adotados em aeroportos.
Nem sempre as regras são amplamente divulgadas, e a falta de informações pode gerar contratempos, como atrasos ou até mesmo a impossibilidade de seguir viagem com o cão.
Este artigo apresenta regras pouco conhecidas sobre o transporte aéreo de cães adotados, com um guia prático para evitar surpresas e garantir uma experiência tranquila.
Documentação necessária além do básico
Além da carteira de vacinação atualizada e do atestado veterinário, há documentos menos divulgados que fazem diferença no check-in.
Antecipar-se a esses requisitos é essencial para evitar impedimentos.
Certificado de adoção e identificação do animal
O certificado de adoção pode ser solicitado por algumas companhias aéreas como forma de comprovação do vínculo entre tutor e cão, especialmente quando o animal ainda não possui registro formal em órgãos públicos ou microchip.
Ter esse documento tanto em versão impressa quanto digital é recomendado.
A versão impressa facilita a apresentação durante o embarque, enquanto a digital serve como alternativa segura.
O ideal é manter uma cópia em PDF no celular.
O certificado deve incluir o nome do cão, data da adoção, dados da entidade responsável, assinatura do responsável legal, foto atualizada do animal e uma descrição com informações como porte, cor da pelagem e idade aproximada.
Histórico de saúde e documentação veterinária
Mesmo com as vacinas em dia, é importante ter um histórico de saúde do cão, incluindo exames, tratamentos e observações feitas pelo veterinário.
O atestado deve ter data de emissão recente — normalmente até dez dias antes do voo.
Em algumas rotas, o prazo é ainda menor.
Também é necessário apresentar o comprovante da vacina antirrábica, com data de aplicação, número de lote e assinatura do veterinário.
Em voos internacionais, exames adicionais podem ser solicitados.
Organizar esses documentos com antecedência demonstra preparo e responsabilidade, além de favorecer um embarque tranquilo.
Normas específicas das companhias aéreas
Cada companhia tem suas próprias orientações.
Por isso, vale a pena conferir com cuidado todas as informações antes da viagem.
Alguns detalhes, pouco comentados, podem fazer diferença na hora do embarque.
Pesagem e tamanho da caixa de transporte
Um critério pouco divulgado é o peso combinado entre o cão e a caixa de transporte.
Muitas empresas limitam esse peso a cerca de 8 a 10 quilos para transporte na cabine.
A caixa deve permitir que o cão se deite, levante e gire, sem ultrapassar os limites de altura, largura e comprimento definidos pela companhia.
Caixas com ventilação lateral, fundo absorvente e fechamento seguro são as mais aceitas, especialmente quando seguem o padrão IATA.
Algumas empresas realizam a pesagem no check-in; outras solicitam envio prévio de fotos e medidas.
Confirme esses detalhes diretamente com a companhia aérea.
Comportamento em voo e comprovante de bem-estar
Algumas companhias pedem indícios de que o cão está familiarizado com a caixa de transporte e consegue permanecer tranquilo em ambientes movimentados.
Em certos casos, pode ser solicitado um atestado de um adestrador ou veterinário confirmando que o animal está preparado para a viagem.
Essa medida busca garantir o bem-estar do animal e a segurança de todos a bordo.
Medidas internacionais pouco conhecidas
Além dos documentos habituais, há normas sanitárias internacionais que variam de acordo com o destino.
Descobrir essas demandas no fim do planejamento pode comprometer o embarque.
Países que aplicam quarentena e exames adicionais
Países como Austrália, Japão e Nova Zelândia requerem testes sorológicos para raiva e quarentena em instalações autorizadas.
Mesmo países mais flexíveis, como Reino Unido e Emirados Árabes Unidos, podem solicitar certificados com tradução juramentada e prazos específicos entre coleta de exames e data do embarque.
Consulte os órgãos oficiais do país de destino com antecedência.
Clínicas veterinárias especializadas oferecem assessoria completa.
Dicas úteis para o dia do embarque
Mesmo com tudo certo, o dia do embarque pode ser desafiador.
O ambiente do aeroporto pode afetar o cão.
Algumas medidas tornam esse momento mais tranquilo.
Check-in eficiente e o passo a passo
Chegue ao aeroporto com no mínimo três horas de antecedência em voos nacionais e cinco em internacionais.
Dirija-se ao balcão da companhia aérea e apresente todos os documentos organizados. Leve cópias impressas e digitais.
Procedimentos no portão de embarque
No portão, o cão e sua caixa passam pela inspeção de segurança.
O tutor deve carregar o cão no colo durante a passagem pelo raio-X, enquanto a caixa passa separadamente.
Mitos comuns desvendados
Cães adotados precisam de documentação extra obrigatória?
O certificado de adoção não é obrigatório, mas pode ser útil em situações específicas.
Vacina antirrábica deve ter sido aplicada no mínimo 30 dias antes?
Essa regra vale para voos internacionais. Em voos nacionais, os requisitos podem variar.
Toda empresa exige microchip internacional?
Falso. Em voos nacionais, a identificação por coleira ou plaqueta costuma ser suficiente.
Viajar de avião com um cão adotado requer mais do que cumprir requisitos básicos.
Detalhes como o certificado de adoção, a documentação veterinária completa e as regras específicas de cada companhia aérea fazem toda a diferença no momento do embarque.
A falta de informação pode gerar obstáculos evitáveis, enquanto o planejamento cuidadoso contribui para uma experiência tranquila.
Com organização, antecedência e atenção aos critérios menos divulgados, tutores garantem conforto e segurança ao animal durante toda a jornada.
Dessa forma, a viagem deixa de ser motivo de preocupação e se torna uma oportunidade de fortalecer laços e criar boas memórias.
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